03 agosto 2004





Cerejeiras Japonesas em Belém


Na próxima Primavera, a população da cidade de Lisboa vai poder assistir e deleitar-se com um verdadeiro espectáculo da natureza: o florir das "sakuras", as cerejeiras japonesas (cuja peculiaridade reside no facto de não darem fruto, apenas flor).

Vai nascer, em Belém, um jardim japonês com 461 cerejeiras: tantas como os anos da ligação que une Portugal ao Japão. O jardim, com uma área de quase seis mil metros quadrados situar-se-á junto ao Museu de Arte Popular. A escolha do local está carregada de simbolismo - é uma zona emblemática particularmente relacionada com os Descobrimentos e com a expansão portuguesa - e a primeira cerejeira deverá ser plantada a 21 de Setembro, data que assinala a chegada dos três primeiros portugueses ao Japão, em 1543.


A construção deste espaço verde nasce de um protocolo ontem celebrado entre a Câmara de Lisboa, a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Associação de Amizade Portugal-Japão (através da Embaixada do Japão).


Para Carmona Rodrigues, presidente da autarquia, esta iniciativa "é uma forma bonita de celebrar as longas tradições e práticas de amizade entre os dois países e que vai contribuir para melhorar a paisagem e o espaço público junto ao rio Tejo".

O protocolo ontem celebrado é também uma demonstração das boas relações entre a autarquia e a APL, referiu o seu administrador, João Navega. Caberá à Associação de Amizade Portugal-Japão promover a plantação das árvores, cujo projecto tem ainda de ser aprovado pela Câmara, pela APL e pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). A manutenção do espaço estará a cargo da autarquia lisboeta.

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