12 julho 2007

Global Warming: from my translation

Em Outubro de 2000, numa escola secundária em Barrow, Alasca, houve uma reunião de representantes das oito nações árcticas – Estados Unidos, Rússia, Canadá, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia e Islândia – para conversarem sobre o aquecimento global. O grupo anunciou planos para um estudo tripartido das alterações climáticas na região no valor de dois milhões de dólares. Em Novembro de 2004, as primeiras duas partes do estudo – um enorme documento técnico e um resumo de cento e quarenta páginas – foram apresentadas num simpósio em Reiquejavique.

No dia seguinte à minha conversa com Sigurdsson, assisti à sessão plenária do simpósio. Além dos quase trezentos cientistas, atraiu uma quantidade considerável de residentes nativos do Árctico - pastores de renas, caçadores de subsistência e representantes de grupos como o Conselho Venatório dos Inuvialuit. Entre as camisas e as gravatas, vislumbrei dois homens com as túnicas garridas dos Sami e vários outros com coletes de pele de foca. Durante a sessão o tema esteve sempre a mudar – da hidrologia e biodiversidade às pescas e florestas. A mensagem, contudo, permaneceu a mesma. Para onde quer que se olhe no Árctico, as condições alteram-se, a um ritmo que até surpreendeu os que esperavam encontrar sinais claros de aquecimento.

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A sessão de abertura do simpósio demorou mais de nove horas. Durante esse tempo, muitos oradores salientaram as incertezas que persistem sobre o aquecimento global e seus efeitos – sobre a circulação termoalina, a distribuição da vegetação, a sobrevivência das espécies que preferem o frio, a frequência de fogos na floresta. Mas este tipo de interrogações, tão básico no discurso científico, nunca se estendeu à relação entre dióxido de carbono e aumento das temperaturas. O resumo executivo do estudo afirmou, inequivocamente, que os seres humanos se tinham, tornado no «factor dominante» de influência sobre o clima.
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A terceira parte do estudo sobre o clima do Árctico, ainda inacabada aquando do simpósio, era o chamado documento de política ambiental. Este devia esquematizar acções práticas a tomar em resposta às conclusões científicas, dentre as quais – presume-se – reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. O documento de política ambiental permaneceu inacabado porque os negociadores americanos tinham rejeitado muito da linguagem proposta pelas outras sete nações árcticas. (Semanas depois, os Estados Unidos acordaram numa declaração indistintamente redigida a pedir acções «efectivas» - mas não obrigatórias – de combate ao problema.) Esta relutância deixou os Americanos que se tinham deslocado a Reiquejavique numa posição constrangedora. Alguns tentaram – sem grande entusiasmo – defender a posição da administração Bush perante mim; a maioria, incluindo muitos funcionários governamentais, criticava-a fortemente. Em dado momento, Corell observou que a perda de gelo de água do mar desde finais dos anos 70 equivalia ao «tamanho do Texas e do Arizona juntos. Esta analogia foi feita por razões óbvias».




1 comentário:

Zabriskie disse...

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http://www.nytimes.com/2007/07/11/washington/11surgeon.html?ex=1341806400&en=e90da41b777967cf&ei=5090&partner=rssuserland&emc=rss