Alguns dos mais importantes escritores portugueses deixaram o seu nome associado a traduções que ainda hoje são consideradas de referência, dificilmente ultrapassáveis no rigor e na qualidade literária. Dois exemplos, entre outros, são os de Jorge de Sena, com a tradução de «Palmeiras bravas», de um dos mais complexos prosadores do século XX, o norte-americano William Faulkner, e Ruy Belo, com «Moravagine», a obra magna de Blaise Cendrars, escritor francês de origem suíça. Nem sempre as traduções foram no passado, ou são hoje, feitas a partir do texto original. Aconteceu assim, e em alguns casos acontece ainda, com as literaturas em línguas eslavas e as do norte da Europa - sueca, dinamarquesa, finlandesa, norueguesa -, que tinham, e têm, de passar primeiro pelo «crivo» do francês ou do inglês, só então sendo vertidas para português. Não sendo ainda a ideal, a situação - neste particular do respeito pela versão original - registou progressos nos últimos anos e há hoje um...