A imprensa (online) hoje:
O País deverá começar a voltar à normalidade entre esta quinta e sexta-feira, depois do fim do protesto dos camionistas, com o reabastecimento de supermercados e dos postos de abastecimento de combustível.
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Segundo o porta-voz da Comissão Mediadora de Transportes, António Lóios, à SIC Notícias, o protesto foi suspenso devido à «vontade clara e inequívoca demonstrada pelo Governo na resolução deste problema».
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Portagens reduzidas, no período nocturno, para profissionais do sector do Transporte de mercadorias, a majoração das despesas de combustíveis para efeito de despesas em sede de IRC, num mínimo de 20%, já em 2009 e a manutenção do valor do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) inalterado são algumas das medidas acordadas.
O acordo incluiu ainda manutenção do imposto de camionagem nos valores de 2007 nos próximos três orçamentos do Estado e uma indexação do frete ao custo do aumento dos combustíveis.
Entre as medidas conta-se ainda uma forma especial de pagamento do IVA, já em vigor para o próximo ano fiscal.
Apoios específicos para a renovação de frotas, e para o abate de veículos em fim de vida e também subsídios para a formação profissional são outras medidas acordadas entre o Governo e a ANTRAM.
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O abastecimento dos postos de combustível vai ficar totalmente reposto até sábado, afirmou, esta quinta-feira, à Lusa o presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Anarec).
Cada veículo de transporte de combustível tem capacidade para cerca de 36 mil litros, contudo um posto de venda para abastecer seis viaturas simultaneamente pode armazenar entre 100 a 120 mil litros, disse Cymbrom, explicando a demora no reabastecimento total das bombas, que em muitos pontos do país ficaram «secas» na quarta-feira.
O abastecimento de uma viatura não pode ser em simultâneo com o abastecimento do posto de combustível, sendo necessária uma espera de cerca de 20 minutos.
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O reabastecimento dos supermercados vai levar entre 24 a 48 horas até ficar quase concluído, segundo a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), que lamentou os prejuízos causados pela paralisação dos transportadores de mercadorias, terminada esta quinta-feira.
«24 a 48 horas é o tempo razoável para aprovisionar as lojas a 80 por cento», disse à Lusa o director-geral da APED, José António Rousseau, explicando que a «reposição plena não é imediata». Visão
No plenário da Batalha, que durou mais de três horas e onde se reuniram cerca de 300 camionistas, representantes dos piquetes, foi aprovado o fim da paralisação e a continuação das negociações com o governo.
Com os camionistas a regressarem à estrada é de esperar que a situação se normalize nas centenas de estações de serviço que já tinham esgotado as suas reservas, bem como nos supermercados, que já estavam a sofrer quebras no "stock" devido à falta de abastecimento, indica a RTP.
Da reunião desta madrugada na Batalha saiu igualmente outra importante decisão com a aprovação de uma proposta para a criação de uma nova associação para o sector depois da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) se ter demarcado deste protesto que paralisou o país durante três dias, indica ainda o canal público no seu site.
Em declarações à SIC Notícias, o porta-voz da Comissão Mediadora de Transportes, António Lóios, explicou a decisão de suspender a paralisação pela "vontade clara e inequívoca demonstrada pelo Governo na resolução deste problema".
As negociações vão continuar nos próximos dias, pelo que "nada está fechado", disse ainda António Lóios, enumerando possíveis medidas como o pagamento do IVA após boa cobrança do mesmo e apoio na formação profissional e em questões ambientais, como a "introdução de filtros de partículas em todos os camiões".
"Há condições de princípio que nos levam a nos sentar à mesa e levar por diante a negociação", considerou o porta-voz da comissão, deixando ainda assim o aviso: "se por qualquer motivo, o Governo também não cumprir, a gente cá está para agir da forma que entender". Público [a cavalo da RTP ;]
O DN tem títulos mais contundentes:
Reposição dos 'stocks' de combustíveis nas bombas demora até dois dias
"Não recebemos nada desde segunda-feira. Não sei como vai ser"
[supermercados]
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