A agricultura biológica já chegou às lojas LIDL!
(pois, já sei, são de linhagem alemã, esses grandes pioneiros nestas coisas...)
A cadeia de health clubs Holmes Place teve de se render às evidências e colocou alarmes nas toalhas que faculta aos sócios - uns rolinhos metidos numa das bainhas...
A propósito da participação do Portugalito no EURO 2008, a cerveja Sagres diz-nos A poia da nossa Selecção, Canta o Hino* Bebe Sagres.
Ora se aquilo a jogar correr mal, mal, será porque aqui a malta não emborcou bem, bem :|
*faça-se a ressalva de que voltaremos todos a saber o Hino de cor e salteado
- os nossos avoengos exultam na campa...
*faça-se a ressalva de que voltaremos todos a saber o Hino de cor e salteado
- os nossos avoengos exultam na campa...
Até a revista Deco Proteste se rende à loucura destravada do futebol e publica um teste a 28 cervejas, a melhor para vibrar no Euro.
E cito João Lopes:
Desde logo, porque raríssimas vezes se discute a simples qualidade futebolística. De facto, é surpreendente que se tente banalizar o facto de a selecção orientada por Luís Filipe Scolari ter sido, até agora, nos momentos decisivos, uma equipa perdedora. É mesmo inacreditável que se menosprezem as qualidades de todas as outras equipas, a começar por aquelas que estão no grupo dos portugueses: escamoteia-se que o futebol checo é dos mais criativos e imprevisíveis da Europa, que os turcos têm melhorado imenso nos últimos anos e que os suíços, além de jogarem em casa, demonstram uma crescente sofisticação táctica.
E confesso a minha total indispo-nibilidade para os sermões da praxe. Dispenso os discursos dos guardiões morais do futebol, sempre empenhados em dar aos outros lições de “patriotismo”. Aliás, não os vi minimamente atentos às ressonâncias do nome de Portugal quando, há dias, Manoel de Oliveira recebeu no Festival de Cannes aquela que é, para todos os efeitos, a maior distinção de que já foi objecto o cinema português. Na verdade, não gosto menos da selecção portuguesa e dos seus jogadores por ter uma visão pragmática daquelas que me parecem ser as suas (muitas) limitações. Apenas me pergunto (e lhes pergunto) que espécie de ideias, sentimentos ou valores querem dar ao seu muito querido “povo” quando promovem esta visão triunfalista e pueril do futebol português.
Sei que sou céptico: considero mesmo que, na actual conjuntura futebolítistica, a eventual eliminação da selecção portuguesa na fase de grupos é um facto normal, sem nada de dramático. Mas não são os resultados desportivos que estão em causa. Para que não restem equívocos: mesmo que Portugal seja campeão da Europa, o populismo político, mediático e publicitário montado em torno da selecção é uma página triste para a história da nossa identidade colectiva.
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