A Rainha Sofia de Espanha entregou, ontem, em Madrid, no Palácio Real, o Prémio de Poesia com o seu nome a Miguel Sousa Tavares em representação de sua mãe, Sophia de Mello Breyner, impedida de estar presente. Ao lado do escritor esteve também Zeferino Coelho, da Caminho, que edita as obras da autora de Mar.
Sophia é não só a primeira escritora portuguesa como a primeira mulher vencedora do Rainha Sofia. João Cabral de Mello Neto, José Hierro e José Antonio Munõz Rojas (este o ano passado) já o arrebataram.
O Prémio de Poesia Rainha Sofia distingue a poetisa portuguesa «pelo seu valor literário, que constitui um contributo válido para a Humanidade.» E é da responsabilidade do Património Nacional de Espanha, um organismo oficial, e da Universidade de Salamanca.
Ao longo da sua carreira, Sophia já arrecadou inúmeros prémios, designadamente o Grande Prémio de Poesia, da Sociedade Portuguesa de Autores (1964); o Prémio Pascoaes (1977), o Prémio da Crítica da Associação Internacional de Críticos Literários (1983), o Grande Prémio Gulbenkian para Crianças (1992), pelo conjunto da obra, o Prémio Petrarca, da Associação dos Escritores italianos (1995), o Prémio Camões (1999) e o Max Jacob Étranger (2001), entre outros.
Nascida no Porto, em 1919, Sophia surge, em 1944, com Poesia, tendo publicado livros como Dia do Mar, Livro Sexto, O Nome das Coisas, Ilha, O Búzio de Cós e Outros Poemas. Escreveu ainda para crianças e traduziu para língua portuguesa Dante, Claudel e Shakespeare.
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