Povo que Lavas no Rio
Povo que lavas no rio
Que vais às feiras e à tenda
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Há-de haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida não!
Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde majericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia...
Mas a tua vida, não!
Fui ter à mesa redonda,
Beber em malga que esconda
Um beijo, de mão em mão...
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida não!
Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços...
Mas a tua vida, não!
Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama...
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las...
Mas a tua vida, não!
Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio...
Vi certa curva em teu seios...
Mas a tua vida, não!
Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão...
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso.
Mas a tua vida, não!
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Mello (1904 1984)
It's all Greek to me ;-D
Stephen Halliwell GREEK LAUGHTER A study of cultural psychology from Homer to early Christianity In the third century BC, when Roman ambassadors were negotiating with the Greek city of Tarentum, an ill-judged laugh put paid to any hope of peace. Ancient writers disagree about the exact cause of the mirth, but they agree that Greek laughter was the final straw in driving the Romans to war. One account points the finger at the bad Greek of the leading Roman ambassador, Postumius. It was so ungrammatical and strangely accented that the Tarentines could not conceal their amusement. The historian Dio Cassius, by contrast, laid the blame on the Romans’ national dress. “So far from receiving them decently”, he wrote, “the Tarentines laughed at the Roman toga among other things. It was the city garb, which we use in the Forum. And the envoys had put this on, whether to make a suitably dignified impression or out of fear – thinking that it would make the Tarentines respect them. But in fact g...
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